terça-feira, 24 de maio de 2011

Uma feira para encher os olhos

A 26ª Feira do Livro foi um verdadeiro desafio. A Secretaria da Cultura de Bento Gonçalves não mediu esforços para mudar a concepção e despertar ainda mais o gosto pela leitura. E conseguiu. A feira ganhou asas para poder alcançar o objetivo, diante das mudanças. Claro, a principal delas foi o fato da feira migrar para a Praça Centenário, audaciosa missão arquitetônica da equipe da Biblioteca Pública Castro Alves, que inaugura um novo hábito: o bento-gonçalvense pode sim desfrutar das suas praças. E mesmo com menor investimento em relação ao ano passado, a feira conquistou a simpatia da comunidade.
“Comprovamos que quem gosta do livro e é do meio veio até a praça”, destacou o coordenador da feira e diretor da Biblioteca Pública Castro Alves Pedro Júnior da Fontoura. E isso não se vê só nos números. Quem passou pela praça nesses 12 dias viu cenas antes impensáveis: crianças lendo seus livros sob generosas sombras. Os estudantes literalmente invadiram a feira e mudaram a imagem da praça, antes abandonada pela população. A comunidade abraçou literalmente a praça participando de toda a programação no Palco Principal, no espaço do Museu e no Café. Foram 200 artistas e mais de 40 escritores convidados. “E tivemos um patrono comprometido do início ao fim. Colmar Duarte completou 79 anos durante a feira, e foi um incansável”, frisou Pedro Júnior. No encerramento, no último domingo, o escritor agradeceu o convite e deixou a mensagem para ao público. “Se queremos voar, temos que ler. Voem, leiam muito”, finalizou ele se referindo ao lema desta edição ‘Voe alto, leia’.
E os 21 livreiros saíram satisfeitos. Até às 17h horas do domingo, dia do encerramento, foi registrada a venda e distribuição de 26.103 obras - sendo que a feira encerrou às 19h, beirando quase os 27 mil da edição 2010.  Conforme Pedro Júnior, o evento superou as expectativas diante da nova formatação. “Alcançamos praticamente a marca do ano passado. Mas o mais importante foi que a comunidade aprovou a troca do lugar, toda estrutura e a programação”, salientou ele, que já visualiza ajustes para melhorar o local para futuras edições. “Para uma experiência nova foi maravilhoso. E São Pedro se gastou no primeiro dia, nos brindando com uma semana iluminada”, diz ele se referindo aos dias de tempo bom durante a feira.

Os mais vendidos:

A presença dos escritores foi fundamental para mudar qualquer previsão. Entre os livros mais vendidos estão autores que participaram efetivamente da feira. Confira a lista dos mais vendidos:

Férias na floresta, de Léia Cassol;
Quando meu pai perdeu o emprego e Das dores e já passou, de Wagner Costa;
A Senha, de Natália Guzzo;
Caminhando na chuva ,de Charles Kiefer;
O caso do martelo, de José Clemente Pozenato;
 O Bispo e Em Tempos de Liberdade , de Ana Cristina Vargas;
Garotas da rua Beacon, de Anne Bryant;
A última música, de Nihcolas Spark;
 Iberê, de Christina Dias,


Gustavo Bottega
Dpto de Comunicação Casa das Artes
Fotos: Gustavo Bottega

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