quarta-feira, 18 de maio de 2011

Gessinger conversa com fãs na Feira do Livro

Músico e escritor fala da nova fase e da inspiração para escrever suas obras

Na última terça-feira, dia 17, o compositor, cantor e escritor Humberto Gessinger esteve na 26ª Feira do Livro de Bento Gonçalves para mostrar um pouco mais do universo dos seus livros e histórias da sua carreira. Intermediado pelo coordenador da feira Pedro Jr. da Fontoura, o músico bateu um papo com o público e divagou sobre o processo criativo e do diálogo da música com a literatura. Com auditório lotado, Gessinger posou para fotos atendeu os fãs que fizeram filas enormes para receber autógrafos dos livros Pra Ser Sincero, Meu Pequeno Gremista e a mais recente obra, Mapas do Acaso - 45 variações sobre o mesmo tema, cujo autor viaja no seu íntimo, num resgate ao passado, na infância e lugares por onde passou de Passo Fundo a Moscou. Histórias pitorescas que ele nunca contou.
Gessinger falou sobre suas influências que vão de Moacir Scliar – de onde veio a música ‘Exército de um homem só’ - e o livro Grande Sertão: Veredas. Tudo processado numa mente que está à frente do seu tempo. O eterno cantor do Engenheiros do Hawaii, apesar de lembrar de momentos singelos da sua adolescência, se diz desprendido do passado e dá um recado aos jovens:“ Não sintam saudade do que não viveram, eu que vivi, não tenho saudade”, diz ele. “Pois sempre há uma música para ser feita, e os caras ficam presos muito no passado”, completa ele. Ele confessa que aderiu à tecnologia, usa o twitter e outras mídias, mas afirma que nunca ela irá substituir o livro. “No meu tempo não se escrevia tanto. O melhor momento é agora”, emenda. Mas defende o livro com unhas e dentes. ‘Através dessas manchinhas pretas e uma página branca tu pode revelar todo o sentimentalismo que alguém pode sentir. Eu acho fascinante essa abstração do livro”, explica ele, que revelou que não gosta de cinema.
Gessinger também falou da sua maneira de compor na música. GEssinber“O processo de criação, pelo menos pra mim, é muito caótico, não começa pelo início e não acaba no fim”, conta ele. O músico confessa que foram poucas músicas onde letra e música nasceram no mesmo instante. “Parecia essa coisa romântica, de que Deus mandou um recado, mas é muito raro acontecer”. Foi o caso das clássicas Somos o que somos podemos ser e Terra de gigantes, compostas ao violão. Coisas de um mente simples e complexa ao mesmo tempo.
Humberto segue divulgando os livros em todo o Brasil e segue com a turnê do projeto Pouca Vogal, ao lado do músico Duca Leindecker, que irá passar pelo Rio de Janeiro nos próximos dias.

Gustavo Bottega
Dpto de Comunicação Casa das Artes
Foto: Gustavo Bottega

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