Interiorização anuncia investimentos na Cultura

O secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, anunciou a assinatura de convênio com o Ministério da Cultura que libera R$ 1,7 milhão para o programa Agentes de Leitura. O anuncio ocorreu em Bento Gonçalves, durante a interiorização de governo, na manhã da última sexta-feira (29 de junho).

Jovens de comunidades carentes vão poder incentivar seus vizinhos a ler e, com isso, ter complementação de renda. Pelo projeto serão distribuídas 220 bolsas no valor de R$ 350,00 para jovens entre 18 e 29 anos que vivem em situação abaixo da linha da pobreza.

Esses jovens desenvolvem atividades cuja finalidade é criar ambientes favoráveis à leitura em escolas, bibliotecas e casas de famílias de suas comunidades. A estratégia utilizada inclui a promoção de rodas de leitura, contação de histórias e empréstimos de livros.

Os agentes de leitura recebem um kit com um acervo de cerca de 100 livros, além de mochila, bicicleta e uniforme . Eles trabalham como os agentes de saúde: vão de casa em casa promovendo as ações, neste caso, de incentivo à leitura, de forma integrada com a Biblioteca Pública Municipal e com a escola da comunidade onde atuam.

Assis Brasil ressaltou ainda que as prefeituras devem ficar atentas aos prazos dos editais abertos para a modernização de 125 Bibliotecas Municipais. Todas as informações se encontram na página da Sedac: www.cultura.rs.gov.br

Agentes de Leitura

O projeto, integrante do Programa Mais Cultura, foi inspirado na experiência do Ceará, criada em 2005 pelo Governo do Estado.Os agentes de leitura são jovens entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo, situados, preferencialmente, em um contexto socioeconômico do programa Bolsa Família, selecionados por meio de uma avaliação escrita - interpretação e produção textual -, fluência de leitura e uma entrevista domiciliar.

O projeto é uma das estratégias do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) visando a democratização do acesso ao livro e formação leitora. As bolsas concedidas têm duração de um ano, podendo ser prorrogada por igual período.

Cada jovem cadastra um grupo de até 25 famílias de sua comunidade, onde desenvolvem atividades de formação leitora, por meio de visitas domiciliares, empréstimos de livros, rodas de leitura, contação de histórias, criação de clubes de leitura e saraus literários abertos à população em geral.

Texto: Maria Emília Portella